segunda-feira, 28 de março de 2011

Em resumo

A idéia de imigrar surgiu de conversas com amigos, colegas e parentes que já haviam visitado as terras geladas do Canadá e sempre relataram boas experiências. Em paralelo a estas conversas, já existia dentro de nós o desejo de partir em busca de uma qualidade de vida melhor, para nós e para nosso(s) filho(s). Cedo constatamos que em nosso Brasilzão este desejo dificilmente se realizaria, devido a uma série de fatores que já conhecemos tão bem (violência, educação, corrupção, stress, etc.). Portanto, vimos nesse processo de imigração para o Canadá uma chance de estarmos mais próximos daquilo que almejávamos.




Ideologia, sonho, viagem, loucura??? Não sabemos ainda. Então, que Deus nos guie e nos acompanhe em mais uma aventura. Aí vamos nós...
"Eu fico com a pureza da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita...

Viver! E não ter a vergonha de ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser um eterno aprendiz...
Ah meu Deus!Eu sei, eu sei que a vida devia ser bem melhor e será, mas isso não impede que eu repita: É bonita, é bonita e é bonita..."


O processo:
Uma vez que existia o sonho, buscamos informações na internet. Realizamos o teste virtual e assistimos à palestra do MICC, onde é claro que eles buscam ressaltar todos os aspectos positivos do processo de imigração.
Sonhadores que somos, apesar de saber que nem tudo seriam flores, decidimos embarcar nesse sonho. E alguns meses depois demos entrada nos formulários junto ao Bureau de Imigração, que coincidentemente fica em São Paulo, pertinho do meu trabalho.
A anciedade:
O Léo sempre foi o mais ansioso, eu sempre fui mais de deixar rolar. Cada etapa que era ultrapassada parecia uma Grande Vitória (e realmente era para nós). Só quem passa pelo processo é que sabe o que isso significa… Começa com o e-mail marcando a entrevista, CSQ, reunir mais documentos, exames, entrega de passaportes e por aí vai.
A entrevista:
Mme Hénissart, nossa entrevistadora, foi muito simpática (encontramos com ela já no elevador do bureau). A entrevista foi tranquila e rolou de forma bem descontraída. Apesar de estarmos muito nervosos, ela nos deixou a vontade. Constrangimentos à parte ao respodermos perguntinhas simples em outra língua, saímos de lá vibrando, porque estávamos com o nosso CSQ em mãos.
A gravidez:
Desde a data da entrevista comecei a sentir enjoos e dores fortes de estômago, acreditamos por algum tempo que era por conta da entrevista e do processo, que geraram muito nervosismo.  E foi somente  uma semana após a entrevista que resolvi fazer o teste, e adivinhem??? Meu exame de gravidez deu positivo!!! "Surpresa" geral para nós. Então, (re)pensamos e conversamos bastante sobre os nossos sonhos durante todo o período da gravidez e decidimos dar continuidade ao processo de imigração. Afinal, a hora era essa, não poderiamos adiar muito, pois estaríamos mais velhos e provavelmente mais preguiçosos para encarar a Grande Mudança e esta também poderia ser uma decisão que mudaria as próximas gerações da nossa família.
A Continuação do Processo:
Entregamos os formulários, pagamos as taxas no Consulado e levamos uma carta que explicava sobre a gravidez. Por isso, levaria os documentos do Beni logo após seu nascimento. Assim o processo foi rolando e quando o Beni nasceu completamos com a sua parte.

Os exames:
Realizamos nosso exames com o sr. Ib, um amor de médico, muito simpático e que no fim do exame, nos desejou sorte e disse para mostrarmos aos “gringos” que nós (brasileiros) somos gente fina. Saímos de lá emocionados e felizes por encontrar no caminho pessoas tão de bem com a vida e que acreditam na gente.
O preço:
Pagamos e pagaremos um preço muito alto por esta mudança, e aqui não me refiro as taxas de processamento dos formulários, e sim ao fato de que ficaremos longe da nossa família, das pessoas que amamos. Veremos nosso filho dar seus primeiros passinhos longe dos paparicos dos avós. Tudo isso está dentro das nossas cabeças e dos nossos corações e cetamente fará parte do nosso futuro, ainda meio incerto.
Os bilhetes:
Compramos nossas passagens em função da data de expiração do passaporte do nosso gatinho, também pesando em deixar que ele comemorasse seu primeiro aniversário com a família toda. Sairemos do Brasil dia 14 de Maio e chegaremos no dia 15 de Maio 2011 em Montréal. Sairemos do outono brasileiro para a primavera canadense.